A DANÇA? Não é movimento,súbito gesto musical.
É concentração, num momento,da humana graça natural.
No solo não, no éter pairamos,nele amaríamos ficar.
A dança – não vento nos ramos: seiva, força, perene estar.
Um estar entre céu e chão, novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixãolibertar-se por todo lado...
Onde a alma possa descreversuas mais divinas parábolassem fugir à forma do ser,
por sobre o mistério das fábulas.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 366.)
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964. p. 366.)
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