Viva Bem: Dançar faz bem - Lorena Garibaldi


"A dança é uma fonte de vida, por isso ela faz tão bem para os idosos."
A frase da professora Laís Hallal traduz exatamente o estado de espírito vivenciado pelo grupo Atitude! Eu danço!, iniciado em agosto de 2006 e dividido em duas turmas, a da maturidade, com mulheres a partir dos 30 anos, e a da terceira idade, com mulheres a partir dos 60 anos. A melhora no condicionamento físico e no lado emocional é notada por todas e a amizade só cresce entre elas. "


Criatividade





Não se trata de uma simples aula de dança. Passos de variadas modalidades como jazz, tango, bolero, forró, pagode, samba e aerojazz ganham nomes de comidas, flores e objetos. A idéia de mudar os nomes - que originalmente são em francês - foi uma maneira encontrada por Laís para facilitar o aprendizado de suas alunas e despertar o interesse das mais experientes. "Achei melhor trocar por palavras do dia-a-dia, que estivessem dentro da realidade delas para facilitar a memorização das coreografias", explica. A iniciativa deu certo. O sincronismo e a concentração com que dançam são impressionantes. "Quando aprendemos a coreografia, eu não acreditei que fosse dar certo, mas depois com a música fiquei encantada", relata a aluna mais antiga do grupo, Latife Pereira Patella, de 78 anos.As aulas direcionadas especificamente para o público feminino têm coreografias individuais. O motivo está na privacidade que o grupo necessita para realizar melhor as seqüências. "Se houvessem homens, elas não ficariam tão à vontade para dançar, conversar e se soltar", justifica Laís.





Melhoras visíveis





Um aspecto positivo das aulas é a melhora na postura. Laís conta que as alunas andavam curvadas e reclamavam de dores nas costas. "Elas chegaram todas chorosas, queixando-se de várias doenças." A exigência de uma boa postura durante as aulas mudou a situação. "Eu ensino a sentar para assistir televisão, caminhar, manter a coluna sempre ereta, por isso hoje elas andam bem 'posadas'", afirma.
A diferença no bem-estar é sentido principalmente por aquelas que levavam uma vida sedentária, como é o caso da professora aposentada, Selma Satte Alam Gonçalves, de 75 anos. "Eu não caminhava embora minha médica tivesse recomendado a prática de exercícios físicos." O desafio de manter uma boa saúde mental também é levantado por Selma. "Se não fosse as aulas, eu não sei como estaria a minha cabeça", disse ao comentar sua viuvez há três anos.


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